Brasil terá sistema nacional de prevenção e alerta de desastres naturais
Mercadante previu que já no próximo verão seja possível dispor de algumas informações, mas o sistema somente entrará em operação integral num período de quatro anos. De acordo com o ministro serão necessários aquisições de pluviômetros, radares e o levantamento geofísico das áreas no país, isso tudo sem contar com o treinamento de pessoal para operacionar o sistema. Ele informou que existem 500 áreas de riscos de deslizamentos e outras 300 áreas de inundações. Um outro dado repassado pelo ministro é que 58% dos desastres naturais acontecem por meio de inundações e 11% referem-se aos deslizamentos.
A reunião contou também com a participação dos ministros Fernando Bezerra Coelho (Integração Nacional), Nelson Jobim (Defesa), José Eduardo Cardozo (Justiça), Alexandre Padilha (Saúde) e Antonio Palocci (Casa Civil). Após o encontro sob o comando da presidenta Dilma Rousseff, os ministros se deslocaram até a sala de briefing, no Palácio do Planalto, para repassarem as diretrizes tomadas nesta reunião.
Coube ao ministro Bezerra Coelho relatar a decisão da presidenta Dilma de enviar, amanhã (18/1), além dele, os ministros Jobim e Cardozo ao Rio de Janeiro. O objetivo é acompanhar de perto as ações em curso de ajuda aos moradores da região Serra fluminense. De acordo com o ministro, tal medida permitirá o monitoramento mais próximo das áreas. Ele informou também que foi publicada no Diário Oficial da União a medida para liberação de R$ 100 milhões para os governos do Rio e dos municípios atingidos pelas enchentes.
Durante a entrevista, Bezerra Coelho reconheceu a necessidade de reaparelhamento da Defesa Civil no país e que isso se dará, num primeiro momento, com a imediata formação de gestores para atuação neste sistema. O ministro acredita ser preciso a implantação de um modelo no âmbito nacional, estadual e municipal.
“A reunião serviu para definirmos as diretrizes. Para que possamos ter um sistema de Defesa Civil nacional”, garantiu.
O ministro Jobim informou que as Forças Armadas, no caso específico verificado na região Serrana fluminense, atuam em apoio às autoridades locais. Segundo ele, foram deslocados 580 militares das três forças a região. Enquanto isso, de acordo com o ministro José Eduardo Cardozo, o contingente de 225 integrantes da Força Nacional de Segurança Pública dão suporte às operações nos municípios mais prejudicados com a tragédia.
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